quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Introdução

Blog criado como avaliação parcial da terceira unidade, na lingua portuguesa, sob a orientaçãoda professora Irana Costa, do colegio Modelo Luis Eduardo Magalhães – Camaçari-BA, 1º turma – 221, ano 2009

Contexto Histórico

Momento final da Idade Média na Península Ibérica, onde a cultura apresenta a religiosidade como elemento marcante.A vida do homem medieval é totalmente norteada pelos valores religiosos e para a salvação da alma. O maior temor humano era a idéia do inferno que torna o ser medieval submisso à Igreja e seus representantes.São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso, essa época é chamada de Teocêntrica.As relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhores feudais. Estes eram os detentores da posse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto sobre seus servos ou vassalos. Há bastante distanciamento entre as classes sociais, marcando bem a superioridade de uma sobre a outra.O marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita por Paio Soares Taveirós, provavelmente em 1198, entitulada Cantiga da Ribeirinha.

Características Literarias

A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram origem ao nome deste estilo de época português.Mais tarde, as cantigas foram compiladas em Cancioneiros. Os mais importantes Cancioneiros desta época são o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.As cantigas eram cantadas no idioma galego-português e dividem-se em dois tipos: líricas (de amor e de amigo) e satíricas (de escárnio e mal-dizer).Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial pois formam a base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente, tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.


Cantigas de amor
Origem da Provença, região da França, trazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes. Tratam, geralmente, de um relacionamento amoroso, em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição social superior, inatingível. Refletindo a relação social de servidão, o trovador roga a dama que aceite sua dedicação e submissão.
Eu-lírico - masculino


Cantigas de amigo
Neste tipo de texto, quem fala é a mulher e não o homem. O trovador compõe a cantiga, mas o ponto de vista é feminino, mostrando o outro lado do relacionamento amoroso - o sofrimento da mulher à espera do namorado (chamado "amigo"), a dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes, as confissões da mulher a suas amigas, etc. Os elementos da natureza estão sempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando o caráter popular da cantiga de amigo.
Eu-lírico - feminino


Cantigas satíricas
Aqui os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios.
o Cantigas de escárnio - crítica indireta e irônica
o Cantigas de maldizer - crítica direta e mais grosseira
A prosa medieval retrata com mais detalhes o ambiente histórico-social desta época. A temática das novelas medievais está ligada à vida dos cavaleiros medievais e também à religião.
A Demanda do Santo Graal é a novela mais importante para a literatura portuguesa. Ela retrata as aventuras dos cavaleiros do Rei Artur em busca do cálice sagrado (Santo Graal). Este cálice conteria o sangue recolhido por José de Arimatéia, quando Cristo estava crucificado. Esta busca (demanda) é repleta de simbolismo religioso, e o valoroso cavaleiro Galaaz consegue o cálice.

Marco inicial

Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional. O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.

Principais Autores/Poetas

Na lírica galego-portuguesa destacam-se:
• Afonso Sanches
• Aires Corpancho
• Aires Nunes
• Bernardo Bonaval
• Dom Dinis
• D. Pedro, Conde de Barcelos
• João Garcia de Guilhade
• João Soares de Paiva ou João Soares de Pávia
• João Zorro
• Paio Gomes Charinho
• Paio Soares de Taveirós (Cantiga da Garvaia)
• Meendinho
• Martim Codax
• Nuno Fernandes Torneol
• Guilherme IX, Duque da Aquitânia
• Pedro III de Aragão

Caracteristicas dos autores

D. Afonso Sanches (1289-1329) foi um nobre trovador, filho bastardo (depois legitimado) e predilecto de D. Dinis, havido de Aldonça Rodrigues Talha, e pretendente ao trono português.Foi senhor de Alburquerque, na Extremadura espanhola, senhor do castelo onde mais tarde D. Inês de Castro viveu vários anos. Deve-se-lhe a ele e à sua esposa, D. Teresa Martins, a fundação do Convento de Santa Clara de Vila do Conde, onde ambos estão sepultados. Em 1722, foi aberto o processo de beatificação deste casal. Na altura, o frade franciscano Fernando da Soledade escreveu um livro intitulado Memória dos Infantes, a atestar as suas virtudes.

Dom Pedro Afonso, Conde de Barcelos (1287 - Lalim, 1354) foi, segundo algumas fontes, o primeiro filho natural de D. Dinis e de D. Grácia Froes (de identificação insegura). Poeta e trovador como seu pai, teve um papel de relevo na vida política e sobretudo cultural do seu tempo, a ele se ficando a dever uma boa parte dos mais importantes textos da literatura medieval portuguesa.

João Zorro foi um jogral, português ou galego, que exerceu a sua actividade artística em Portugal na corte de D. Afonso III ou, como é mais provável, na de D. Dinis. Deixou sobretudo cantigas de amigo, dez ao todo, e apenas uma cantiga de amor. Tal como Martim Codax ou Paio Gomes Charinho, cantou principalmente temas relacionados com o mar. Pensa-se que duas das suas cantigas tenham sido compostas por ordem do rei, por ocasião do lançamento ao mar de algumas naus saídas dos estaleiros de Lisboa.

Exemplos De Poesias

A cantiga de maldizer


"Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!"


A cantiga de amigo


"Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?"

Webreferencias

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trovadorismo

Conclusão

Trovadorismo

Primeira manifestação literaria da lingua portuguesa. Há quatro teses essencias que explicam sua origem: aválica, folclorica, medio-latinista e liturgica. Aprimeira, cultura aválica como raiz; segunda ,criação do povo; terceira que a poesia teria se originado na literatura latina; e a ultima fruto de poesia litúrgica - cristã.

Equipe

Renner Lelis
João Pedro
Pedro Yan
Anna Leticia
Debora Cauás
Tereza Graziela
Tábita Gesteira